Agnaldo dos Santos recebe homenagem em Salvador-BA, com exposição no MAM!

Agnaldo dos Santos permanece vivo entre nós através do seu legado e acervo de obras de arte altamente prestigiadas nos cenários nacional e internacional.

Grande escultor reconhecido por dar continuidade no Brasil à escultura africana com originalidade se mantém eterno através da arte.


Foto-01 da exposição na galeria de arte Almeida & Dale, em 2021, sob a curadoria de Juliana Bevilacqua. Agnaldo dos Santos permanece vivo entre nós através do seu legado e acervo de obras de arte altamente prestigiadas nos cenários nacional e internacional. Após 61 anos do seu falecimento, o artista baiano, nascido na ilha de Itaparica (1926), mesmo tendo falecido muito jovem, aos 35 anos, em Salvador no ano de 1962 construiu sua história ao lado de grandes nomes do mundo artístico. Em 1957 participou da IV Bienal de São Paulo, ano em que montou sua primeira individual, na Petit Galerie, Rio de Janeiro. Em 1959 e 1961, participou do Salão Nacional de Arte Moderna. Sua obra integra o acervo do Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ) e de diversos outros museus brasileiros. Em 1987, sua obra esteve presente na mostra Brésil Arts Populaires (Paris – França).

Atualmente, o artista recebe homenagem no espaço expositivo da Capela do Museu de Arte Moderna (MAM Bahia) com a exposição ‘Agnaldo Manuel dos Santos – A conquista da modernidade’. A individual reúne cerca de 50 peças de representação de orixás, santos, ex-votos, carrancas e figuras humanas, sob curadoria da curadora e historiadora da arte, Juliana Ribeiro Bevilacqua. Em entrevista à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT BA) o diretor do MAM Bahia, Pola Ribeiro, conta as adversidades enfrentadas pelo artista: “ele é uma pessoa de raiz profunda, do povo, começou a trabalhar com 10 anos de idade, era descendente de índios e negros, foi lenhador, fabricante de cal, depois vigia, ajudante e aprendiz do artista Mário Cravo Jr”.
E explica a importância em manter viva a história de Agnaldo nos circuitos culturais, principalmente de Salvador, por trazer de volta o discurso da primeira diretora do MAM, Lina Bo Bardi (1914-1992). “Ela desejava unir a Arte erudita e a Arte popular em um mesmo patamar e essa exposição é uma excelente oportunidade de colocar Agnaldo ao lado da exposição ‘UANGA’ de J. Cunha, da Coleção Rubem Valentim e da Coleção de Arte Popular em um museu da estirpe e com a história de excelência do MAM Bahia”, defende Ribeiro.

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