O museu de Arte Sacra de São Paulo possui um rico acervo de peças do patrimônio artístico e histórico-cultural religioso brasileiro e mundial.
Foto divulgação: Sergio Brisola
O Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, é uma das mais importantes instituições do gênero no país, possui um rico acervo de peças do patrimônio artístico e histórico-cultural religioso brasileiro e mundial, que permite compreender a dinâmica social e cultural que marcou o desenvolvimento da religiosidade e da identidade paulista e brasileira. A atual exposição de longa duração, intitulada “Arte Sacra Através dos Séculos“, apresenta as principais obras de seu rico acervo, incluindo a imagem de Nossa Senhora das Dores, de Aleijadinho, pinturas de Benedito Calixto de Jesus e Anita Malfatti, e a Via Crucis produzida em terracota por Victor Brecheret. Buscando recuperar a memória da cultura religiosa por meio de uma narrativa expositiva temporal, que favoreça o entendimento da experiência da fé, da devoção e das práticas litúrgicas, a mostra objetiva favorecer o entendimento da produção artística brasileira, enriquecendo a experiência pessoal do visitante na sua leitura sobre a arte sacra. O visitante também pode contemplar a sala destinada a salvaguarda da coleção de prataria e ourivesaria do museu por meio da mostra “Tradição e Liturgia“, que conta com cerca de 200 itens entre eles ostensórios, resplendores, tocheiros, crucifixos, cálices, coroas, navetas e diversos objetos eclesiásticos. Destes objetos, alguns foram doados por anônimos, outros, por personagens de nossa história como D. João V e D. Pedro I. Ainda na exposição, uma justa homenagem àquele que por seu zelo e persistência, salvou da destruição inúmeros objetos que hoje representam parte da produção de ourives e prateiros paulistas e brasileiros: D. Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo e fundador do antigo Museu da Cúria.
Ainda dentro do espaço do MAS, a mostra temporária “Marfins: iconografia e história na Arte Sacra”, com peças em marfim pertencentes ao acervo da instituição, nos permite vislumbrar a produção de tantos artistas anônimos e conhecer a arte portuguesa disseminada em seus domínios nos séculos XVI, XVII e XVIII, principalmente por meio da ação da Companhia de Jesus. Na área externa do Mosteiro da Luz, na antiga Casa do Capelão, os visitantes podem conhecer o grande “Presépio Napolitano”, conjunto de 1.600 peças que propicia uma verdadeira viagem no tempo e no espaço. Além da tradicional cena da natividade de Jesus de Nazaré, as peças representam diversos profissionais urbanos (como ferreiro, sapateiro, barbeiro, verdureiro, entre outros), pastores, homens do campo, além de objetos, utensílios e móveis, em uma cenografia que ocupa 110 m². A exposição temporária “Esmolação”, na Sala MAS Metrô Tiradentes, que traz o olhar do fotógrafo Alexandre Baena sobre a popular festa da Marujada de Bragança, Pará. A festividade, que tem início no mês de abril com a ‘Esmolação’, referência às comitivas de devotos e promesseiros – os marujos – que cumprem um ritual percorrendo importantes regiões do município, é uma manifestação de dança, de rezas, de cantoria e louvores a São Benedito, padroeiro da cidade de Bragança. Na festividade o profano e o religioso se misturam numa harmonia de devoção
Dia: Terça a Domingo às 16h30
18 a 23 de Julho
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
– Av. Tiradentes, 676, São Paulo – São Paulo
Ingressos: Sympla