A série “Caminhos dos Orixás“, disponível no Curta!On, mergulha profundamente na riqueza da fé e nas tradições das religiões de matriz africana, explorando suas origens culturais e significados profundos. Com a direção talentosa de Betse de Paula, a produção compreende 16 episódios, cada um deles um portal para as complexas narrativas e simbolismos dessas religiões.
Em suas entrevistas, a série dá voz a especialistas, antropólogos, pais e mães de santos e praticantes, oferecendo uma visão holística das crenças e práticas. Os episódios exploram mitos, características arquetípicas, símbolos e sincretismos, revelando a riqueza cultural e espiritual por trás dessas tradições.
Pai Rodney de Oxossi, babalorixá e antropólogo, destaca a importância do conhecimento ao abordar as religiões de matriz africana, especialmente ao tratar de Exu. Ele esclarece que nenhum orixá é santo, e Exu não é nem diabo nem santo – ele é Exu. A série ilustra como Exu foi sincretizado de maneira apressada e, às vezes, cruel, refletindo a demonização do negro na sociedade brasileira.
Um dos episódios destaca a celebração de Olubajé, dedicada a Obaluayê e sua família de orixás. Essa festa tem profundos vínculos com a alimentação, considerada sagrada no candomblé. Erica Laruso Yamin, Iaô de Oxum, destaca o poder de cura atribuído a esses alimentos, tanto para o corpo físico quanto para o emocional e espiritual.
Durante a festa, o terreiro é adornado com as cores de Obaluaiyê, e panelas de barro com comidas associadas a diferentes orixás são trazidas em procissão. Esses alimentos são dispostos sobre uma esteira, formando a mesa do banquete. Os participantes compartilham pequenas porções enquanto dançam e cantam em louvor a Obaluayê, demonstrando a importância da comunhão e da celebração nas religiões de matriz africana.
Para acessar essa série fascinante, basta entrar no Curta!On – Clube de Documentários, disponível na ClaroTV+ e no site CurtaOn. Novos assinantes têm a vantagem de desfrutar de sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo da plataforma. A produção é uma realização da Floresta Filmes e foi possível graças ao apoio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).