Monumento dedicado a Maria Felipa

Em julho de 2023, a inauguração do monumento em sua homenagem representou o reconhecimento ao exemplo de coragem e de força, uma correção histórica institucional. Uma mulher negra, itaparicana, marisqueira e estrategista de guerra vence mais uma batalha contra o apagamento histórico e passa a ser eternizada como uma das principais heroínas do 2 de julho.

Há poucos anos, emergiu das ondas do passado o nome Maria Felipa. Hoje, sua coragem e estratégia ecoam nas batalhas de Independência do Brasil. Pescadora, marisqueira e líder, Maria Felipa comandou 40 mulheres na Ilha de Itaparica, incendiando o domínio português. Sua saga, outrora sombria, ganha vida no monumento erguido em julho de 2023, um ato de reparação histórica.

No coração da Praça Cairu, ergue-se o monumento, testemunha das lutas e vitórias dessa guerreira. A artista Nádia Taquary insufla vida à sua imagem, uma rainha empoderada. Adornos, brincos e folhas de cansanção compõem a majestade de Maria Felipa. Uma tocha erguida, símbolo de liderança, e até um peixe, elo com suas origens marinhas, compõem a narrativa de força.

Nas asas do QR code do projeto Reconectar, a história ganha vida. O passado se entrelaça com a tecnologia, permitindo que cada visitante mergulhe na epopeia de Maria Felipa. Nesse ponto de encontro entre passado e presente, a Ilha de Itaparica abre suas portas para milhões de curiosos, ávidos por conhecer essa mulher destemida.

A inauguração coincide com a celebração da Independência do Brasil na Bahia, o Julho das Pretas e a Semana da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Uma tríplice homenagem, um tributo à resiliência e à resistência. A Prefeitura de Salvador, através da Secult, traça mais um capítulo de justiça histórica, reconhecendo a importância dessa heroína.

Maria Felipa de Oliveira, um nome resgatado do esquecimento, agora permeia a consciência coletiva. Seu monumento, não apenas em pedra e resina, mas em coragem e superação, é uma declaração de que as vozes outrora silenciadas ecoam eternamente. A história reescrita, a memória preservada, e Maria Felipa vive, imortalizada como a rainha guerreira do 2 de julho.

Local: Praça Visconde de Cayru – Comercio

 

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